10 de jun. de 2007

... ão

Surreal e desconexo dos acontecimentos.
Meio estranho e quase desconhecido,
Ele surge assim em meus pensamentos
Com o olhar distante no céu colorido.

Sorriso e jeito acanhados.
Mas assim é como penso que seja.
Dedos, línguas e corpos entrelaçados.
Inexplicável, mas é o que minha mente deseja.

Sensível, profundo e idealizável.
Complexo, simples e tocável.
Apaixonante, flamejante, decifrável.
Se é que existe: poetizável!

Abstrato como o ar que preenche os pulmões.
Ardente como o fogo que queima razões.
Concreto como lágrimas de felicidade.
Suave com o mais alto grau de intensidade.

Simples e comum como pão.
Raro e brevemente eterno.
Produz marcas na nuca e no coração.
Depois dele e sem ele, vira solidão!

E o que digo dele

É apenas que rima com “ão”.


Gustavo Lacerda

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