10 de jun. de 2007

Entre o Céu e o Inferno

Quero que o mundo se exploda!
Que o céu seja inundado por porra,
E que quem não for para o inferno se foda,
Assim como que quem vive sem Vida morra!

Não estou nem aí pra essa merda de sentimentalismo!
Só me prendo se for solto e tiver uma dose de realismo!
Só me entrego a quem sabe usar o seco romantismo!
Tenho nojo de quem acredita e se apóia no tal homossexualismo!

É doença essa coisa de “ismo”!

Só aceito se for sentimentalidade.
Só me prendo preso se for realidade.
Com gosto me entrego se for à doce romanticidade.
E com orgulho assumo se chamarem de homossexualidade!

É mais digerível quando termina em “idade”.
No “ismo”, tudo não passa de debilidade.

Mundo cruel o caralho!
Isso quem diz é gente fraca que acha que tudo dá trabalho!
Gente que não merece nada além do retalho!
Vermes que devem ter seu lugar junto ao barbalho!

O mundo é uma droga!
Mas é uma droga que podemos cheirar,
Uma droga que nos pode fazer viajar,
E, deliciosamente, delirar!

O mundo é uma droga!
Mas é uma droga que podemos acender,
Uma droga que podemos com a inspiração absorver
E, de forma incontrolavelmente controlável, enlouquecer!

O mundo é uma delicia!
Melhor que lamber a Patrícia,
Que comer o Fabrício,
Que dar para o Maurício, e foder com todos juntos sem artifícios!


Nesse mundo, não há nada como sexo!
Essa coisa recíproca, que me deixa perplexo,
A ponto de resmungar e dizer dizeres sem nexo,
Que me faz levantar de onde tiver sido sem nenhum reflexo.

O sexo é coisa do mundo,
Ou talvez o mundo pertença ao sexo...
E nisso não há nada de imundo!
Deixem pensar isso os que têm algum complexo.

Eu trepo,
Eu ferro,
Eu berro,
Eu gozo!

Quem quer ir para o paraíso?
Que graça tem isso?

Onde estará o álcool e o fogo?
Como ficarão os tecos e o jogo?
Como celebraremos com a música do demônio?
Seria um saco dançar com o podre Santo Antônio!

Vou para o céu se for open bar!
E adorarei se puder me jogar ao mar,
Mas contando que sem roupa possa nadar,
E, ao pôr-do-sol, na areia, escandalosamente trepar!

O inferno é melhor!
Terei a eternidade para me jogar com suor,
E nunca me cansarei de transar por findáveis noites de amor,
Podendo abandonar sem deixar nenhum rancor,
Mas causar, mesmo que temporariamente, muita dor!


Gustavo Lacerda

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