Digo o que penso e espero ouvir nada em troca.
Sua resposta não é o que me toca,
Esse tipo de obrigação somente me sufoca.
Se for ofendido com inverdades insensatas,
Dê-se o direito a um tapa como agradecimento.
Se for agredido com palavras toscas,
Esteja à vontade para exigir o silêncio.
Quando as palavras expressarem afeto
E acariciarem seu ego,
Apenas dê um beijo e esqueça todo o resto.
E se não condizer o beijo, então sorria.
Nada em troca é o que peço.
Nada além de seus ouvidos.
Nada além de sua atenção.
Nada, além disso, que já me é o bastante.
Neste momento, você me é alguém específico,
Mas em breve será mais alguém que se foi
E chegará o tempo em que terei esquecido seu tempo.
Neste instante, o que digo mexe contigo,
Mas em breve terão sido apenas palavras que se foram,
E haverá o tempo em que as perderá no tempo,
E o que restará será apenas o esquecimento.
O que conta no fim das contas são os sorrisos.
O que fica por um tempo são os beijos expressivos
E os abraços calorosos.
As palavras em retribuição se apagam.
Ecoam somente durante o Sol poente,
E nunca existiram ao nascer do Sol seguinte.
Gustavo Lacerda
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