22 de dez. de 2010

Direito de Escolha

Sofro do mal dos tomadores de decisões: Não sossego enquanto não recebo um sim ou um não!

"Não sei" só tem validade se seguido de uma previsão de quando terei a resposta certeira e previsões apenas minimizam meus anseios.

"Talvez" é resposta inaceitável, é pedido de descarte!

A vantagem é que lido bem com os "nãos", pois diante deles tenho a possibilidade de me decidir, de escolher e de percorrer um caminho.

O "Talvez" gera uma, muitas vezes cruel, expectativa positiva. "Talvez" é possibilidade grande de frustração, então, prefiro só trabalhar com o "sim" ou com o "não". Aquela coisa de não querer contar com o ovo no c... da galinha.

Penso que alguém só pode ser feliz diante da certeza nas ações alheias que se relacionam consigo; diante do respeito e do direito de escolha.

Penso que, no mínimo, é preciso ser certeiro com relação ao que se pretende com Outros.

Gustavo Lacerda.

1 de dez. de 2010

Molhado

Viver intensamente tem dos seus pesares.
Dias, tardes, noites, semanas e,
As vezes, meses se passam
Sem que paremos para pensar.

Então, um dia ou uma noite qualquer,
A chuva vem e desencadeia uma onda poderosa
De lembranças que nos lançam na cama ou no sofá;
E a gente se afoga na mente, vai de um lado pro outro.
Daí, muitas vezes, resta somente uma opção:
_ Nos conformar com as consequências da liberdade desmedida.

A chuva sempre traz à tona uma série de histórias arquivadas,
Revela verdades submersas,
Alaga e preenche buracos profundos e vazios.

As vezes atroz, as vezes feroz, outras vezes suave.

Se o que deseja é prevalecer seco,
De forma alguma entre na chuva,
Pois ela passa, mas sempre volta para um café!

Agora, se já entrou, só digo que
Quando o que se quer é estar seco
E seco não mais se está,
Pouco ou nada importa se muito ou pouco molhado.

Gustavo Lacerda