24 de mar. de 2010

Encontros, despedidas, chegadas, partidas

Encontros, despedidas, chegadas, partidas.

Tudo acontece quando tem que acontecer, sem que possamos prever a hora exata, sem que possamos ensaiar a melhor maneira.

Manhãs, tardes, noites, madrugadas... dias... tudo começa e termina. Isso é previsível, sempre sabemos a hora exata que vai acontecer, mas nem isso sabemos como vai ser, com quem vai ser, até quando vai ser ou se vai realmente ser, se estaremos aqui, vivos, pra ver.

Encontros, despedidas, chegadas, partidas. Não há como ensaiar, devemos nos entregar ao acaso, que de acaso pouco tem... e, por menos que de acaso tenha algo, o controle não está em nossas mãos. O controle é possível? Controle não há...

Algo só chega ao fim quando de fato todas as fontes se esgotaram. Por vezes, uma vida chega ao fim sem que o corpo morra... então uma nova vida deve começar no corpo que prevalece e, para se começar uma nova vida, é necessário zerar absolutamente. Nascer mais uma vez.

Nem todas as despedidas foram como eu gostaria. Nem todas as partidas foram como eu almejava. Tudo simplesmente aconteceu.

As chegadas, os encontros têm sido revigorantes e diferentes do que eu imaginei que poderiam ser. O inesperado tem acontecido com mais frequencia... e tem sido melhor que meus sonhos mais recentes. Tudo está simplesmente acontecendo enquanto eu vivo.

Encontros, despedidas, chegadas, partidas. Mais encontros e chegadas que despedidas e partidas - é o que se tem quando o zero é absoluto ou mais perto possível disso.

Chegadas e encontros. Zero absoluto.

Gustavo Lacerda.