16 de out. de 2010

Sem um Nome Meu

Sob o edredom, meu corpo quente,
Solitário, pulsante, nu.

Sua carne tenra desliza
Entre minhas pernas tremulas.
Sua pele macia me causa arrepios,
E atrai para si cada pelo meu.

Minhas mãos contornam suas curvas,
Que controlam meus batimentos cardíacos
Juntamente com seus lábios firmes,
Beijando cada centímetro até engolir-me
Pela boca minha, que, a cada fuga sua,
Permite os dentes meus cravarem-se em teu pescoço.

Nossos corpos se contorcem e se entrelaçam.
Ora você encarna em mim,
Ora encarno eu em ti.

Nossas carnes se confundem,
Nossas carnes nos dominam,
Tamanho é o desejo de um consumir o outro,
Tamanho é o desejo de um ser consumido pelo outro!

Um raio corta o silêncio e a escuridão.
Acordo nu, só, ofegante e húmido
Você ainda nunca esteve aqui.

Gustavo Lacerda.

Um comentário:

Anônimo disse...
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