1 de dez. de 2010

Molhado

Viver intensamente tem dos seus pesares.
Dias, tardes, noites, semanas e,
As vezes, meses se passam
Sem que paremos para pensar.

Então, um dia ou uma noite qualquer,
A chuva vem e desencadeia uma onda poderosa
De lembranças que nos lançam na cama ou no sofá;
E a gente se afoga na mente, vai de um lado pro outro.
Daí, muitas vezes, resta somente uma opção:
_ Nos conformar com as consequências da liberdade desmedida.

A chuva sempre traz à tona uma série de histórias arquivadas,
Revela verdades submersas,
Alaga e preenche buracos profundos e vazios.

As vezes atroz, as vezes feroz, outras vezes suave.

Se o que deseja é prevalecer seco,
De forma alguma entre na chuva,
Pois ela passa, mas sempre volta para um café!

Agora, se já entrou, só digo que
Quando o que se quer é estar seco
E seco não mais se está,
Pouco ou nada importa se muito ou pouco molhado.

Gustavo Lacerda

Um comentário:

CLARIDÃO disse...
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