11 de ago. de 2013

Não Existo

Tamanha fora a falta de poesia
Com a qual se deparara no mundo a sua volta,
Que o poeta desmaiara num canto desconhecido,
Onde não se pôde ainda encontrá-lo
Para ver se com uns tapas na cara acorda e recorda.

Não existe mais poesia.
Não existe mais esperança
que justifique tanta reza.

Não existe mais conforto
que torne a cama aprazível.

Não existe mais trilha sonora
que assemelhe a vida a uma trama.

Não existe surpresa
que vá além de um sustinho chato.

Não existe sentimento no coração
- isso é coisa do cérebro.

Não existo.

Gustavo Lacerda

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